Cachorra de Ruy Ferraz espera ex-delegado na porta de casa 2 meses após execução

Dois meses após a execução do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, em Praia Grande, no litoral de São Paulo, o amor e a lealdade dos animais de estimação permanecem como um forte símbolo da falta do tutor. A cachorrinha da família, Luna, ainda procura por ele, esperando-o retornar, como revelou a viúva Katia Pagani, em entrevista ao portal g1.
Segundo Katia, que compartilhou o drama do luto e a saudade, a cachorra se mantém atenta à porta do apartamento, à espera do retorno do dr. Ruy. “A cachorra que era mais apegada a ele fica sempre olhando para a porta do apartamento esperando-o chegar. Eu não falo o nome dele mais para ela, pois ela começa a procurá-lo”, disse a viúva ao g1.
O luto, que Katia descreve como “para sempre”, tem sido diário e muito difícil. “Todas as noites, quando deito ao lado do travesseiro dele, eu choro”, lamentou. Ela busca forças na fé, no trabalho, amigos e família para seguir adiante, mas guarda com carinho as boas lembranças de seis anos e meio de união estável.
“Apesar da aparência de uma pessoa muito séria, ele era muito brincalhão comigo e minha filha. Sempre muito preocupado conosco e amante dos animais”, descreveu Katia sobre Ruy Ferraz.

Andamento da Investigação
Ruy Ferraz teve a vida tirada após cumprir expediente como secretário de Administração na Prefeitura de Praia Grande.
A Polícia Civil concluiu o primeiro inquérito sobre o assassinato por homicídio e/ou organização criminosa. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) aponta para o envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) no planejamento e na execução. Cinco deles já ganharam a liberdade neste fim de semana por determinação da Justiça.
A viúva Katia Pagani acompanha os desdobramentos com confiança no trabalho policial, mesmo com a soltura de alguns indiciados. “Tenho certeza que vão pegar todos os responsáveis”, afirmou. A motivação e os mandantes ainda são alvos de outros inquéritos em andamento.
Quem era Ruy Ferraz Fontes
Ruy Fontes era morador de São Caetano e foi delegado-geral de São Paulo entre 2019 e 2022, com mais de 40 anos de carreira na Polícia Civil. Ele teve um papel fundamental no combate às organizações criminosas e foi pioneiro nas investigações sobre o PCC, liderando a transferência de chefes da facção de presídios paulistas para unidades federais, uma medida estratégica para enfraquecer o grupo.
O post Cachorra de Ruy Ferraz espera ex-delegado na porta de casa 2 meses após execução apareceu primeiro em ABCD Jornal.
