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Caminhoneiros marcam greve para esta quinta em meio a divergências na categoria

Última grande greve dos caminhoneiros, ocorrida em 2018 durante o governo Michel Temer (MDB), durou 10 dias.
Última grande greve dos caminhoneiros, ocorrida em 2018 durante o governo Michel Temer (MDB), durou 10 dias. Foto: Agência Brasil

Caminhoneiros de várias regiões do Brasil organizam uma greve geral da categoria com início marcado para esta quinta-feira (4/12). A paralisação visa pressionar o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por melhorias no setor, mas o tamanho do movimento é incerto devido às divergências internas entre as entidades que representam os transportadores de cargas.

Os organizadores, como Francisco Burgardt, membro do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens de Ourinhos (Sindicam-SP), afirmam que o ato seguirá todas as medidas legais, e um ofício informando a greve foi protocolado junto ao Palácio do Planalto na última segunda-feira (1/12). A expectativa é de adesão nas cinco regiões, com maior foco no estado de São Paulo.

Pauta e Expectativa de Adesão

A convocação da paralisação acontece majoritariamente por meio de redes sociais e conta com o apoio de figuras políticas, como o ex-desembargador Sebastião Coelho. Os organizadores pretendem começar com um número pequeno de caminhões parados e esperam um crescimento gradual do movimento, com a intenção de parar em mais de 40 pontos do país.

Entre as principais reivindicações do setor estão:

  • Estabilidade contratual do caminhoneiro.
  • Garantia do cumprimento das leis.
  • Reestruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas.
  • Aposentadoria especial de 25 anos de trabalho comprovado.
Organizadores projetam paralisação com foco no Sudeste, mas entidades e figuras políticas do setor questionam a adesão e a pauta do movimento
Organizadores projetam paralisação com foco no Sudeste, mas entidades e figuras políticas do setor questionam a adesão e a pauta do movimento. Foto: Agência Brasil

Divergências Dividem a Categoria

A adesão ao movimento é colocada em xeque por importantes entidades, o que gera o impasse e a expectativa de um movimento de baixa adesão.

  • Contra a Greve: A Cooperativa dos Caminhoneiros Autônomos do Porto de Santos (CCAPS) se manifestou contra a paralisação, alegando que não houve assembleia ou reunião para decidir sobre o tema entre os representantes da categoria.
  • Apoio: A Associação Catarinense dos Transportadores Rodoviários de Cargas (ACTRC) e outras associações e cooperativas apoiam o ato. O sindicato nacional da categoria afirmou que apoiará qualquer decisão tomada pelos caminhoneiros.

O deputado federal e representante da categoria, Zé Trovão (PL-SC), também se manifestou publicamente contra a greve. O parlamentar justificou sua posição dizendo que a pauta apresentada não resolve os problemas reais do transporte, mas sim defende “interesses próprios” dos organizadores.

Histórico de 2018

A última grande greve dos caminhoneiros, ocorrida em 2018 durante o governo Michel Temer (MDB), durou 10 dias e causou grandes impactos econômicos no país, levando ao desabastecimento de combustíveis e alimentos. A paralisação só foi encerrada após o governo firmar um acordo com a classe.

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