Prefeitos do ABCD repudiam Enel por crise de energia e declaração de presidente da empresa
O Consórcio Intermunicipal Grande ABC, que reúne os sete municípios da região (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra), divulgou uma nota de repúdio contundente contra a Enel Distribuição São Paulo. O motivo é a demora na normalização do fornecimento de energia que afetou milhares de residências após os fortes ventos da última quarta-feira (10/12), somada a uma declaração considerada desrespeitosa do presidente da concessionária.
Declaração do Presidente Agrava a Crise
A nota, emitida em nome dos prefeitos das sete cidades, manifesta “seu mais veemente repúdio à declaração proferida pelo presidente da Enel Distribuição São Paulo, Guilherme Lencastre, publicada na imprensa”. O Consórcio critica o uso de “termos desrespeitosos e inadequados” por Lencastre ao se referir às críticas feitas pelo Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, sobre a gestão da crise.
De acordo com o texto, em um momento em que “milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo permaneceram sem eletricidade por dias”, causando “enormes prejuízos à vida cotidiana, aos serviços públicos e às atividades econômicas”, esperava-se da Enel uma “postura responsável, solidária e alinhada ao interesse público” — e não declarações que minimizem a gravidade da situação.
Foco nas Falhas e Solidariedade aos Atingidos
O Consórcio Intermunicipal Grande ABC enfatiza que as tentativas de “minimizar os impactos da crise ou desviar o foco das falhas na prestação de um serviço essencial são incompatíveis” com a responsabilidade que uma concessionária de energia deve ter perante a sociedade.
- O comunicado expressa solidariedade às famílias, trabalhadores e empresas atingidas pela falta de energia.
- A entidade se alinha ao posicionamento do prefeito Ricardo Nunes na defesa dos consumidores.
- O Consórcio exige providências imediatas da Enel, uma comunicação respeitosa e, principalmente, ações concretas para evitar que episódios de tamanha gravidade voltem a ocorrer na região.
A crise de energia, que se arrasta por vários dias, causou transtornos significativos no Grande ABC, desde a perda de alimentos em geladeiras até a paralisação de atividades comerciais e dificuldades em serviços essenciais. A posição unificada dos sete prefeitos agora pressiona a Enel por melhorias urgentes na infraestrutura e no plano de contingência para eventos climáticos extremos.
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