Santo André expande programa Moeda Verde para a comunidade Sacadura Cabral

Ampliação do programa faz parte do Plano de Metas da Prefeitura

O Fundo Social de Solidariedade de Santo André e o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) iniciaram nesta terça-feira (1º) a quinta fase de expansão do programa Moeda Verde, iniciativa socioambiental que troca resíduos recicláveis por alimentos frescos, do tipo hortifrúti. A ampliação do programa para novas comunidades integra o plano de metas da Administração e, até o fim do ano, mais seis novas comunidades devem fazer parte das ações.

“O Moeda Verde segue transformando a vida de muitas famílias, por isso estamos sempre buscando maneiras de ampliar o programa, para que mais pessoas sejam beneficiadas com alimentos de qualidade. Cada novo ponto de troca é uma alegria, porque além de incentivar a reciclagem, também garantimos uma boa alimentação para quem mais precisa”, afirma a primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade, Ana Carolina Barreto Serra.

A estreia na nova comunidade contou com a presença do vice-prefeito, Luiz Zacarias, e do superintendente do Semasa, Gilvan Junior. A população entregou 304 quilos de resíduos recicláveis. Em troca, foram distribuídos 61 quilos de tomates, batatas-doces, melões, mexericas, além de alface e espinafre.

A expansão na Sacadura Cabral também marca a retomada das trocas do Moeda Verde, após a suspensão em março, em razão do agravamento da pandemia de Covid-19. Na tarde desta terça as trocas também foram realizadas no Núcleo Capuava.

O superintendente do Semasa, Gilvan Junior, afirma que o programa é uma iniciativa pioneira e que já transformou a vida nas comunidades. “Conseguimos deixar os locais mais limpos, proporcionando o aumento da sensação de pertencimento dos moradores, além de ser um aliado no combate à fome. Por isso, a ampliação do Moeda Verde para novos núcleos é parte importante do Plano de Metas da gestão municipal e queremos chegar a 31 comunidades atendidas até 2024”, explica.

A partir de agora, os moradores do núcleo Sacadura Cabral passam a integrar as trocas do programa. Contando todos os núcleos atendidos, já são cerca de 90 mil pessoas beneficiadas de forma direta e indireta. A costureira e aposentada Angelina Nunes de Oliveira é moradora da comunidade Sacadura Cabral desde 1970 e participou da troca nesta terça-feira junto de outros vizinhos. “Além da questão do alimento, que é importante, o maior benefício que eu vejo para nós é que o programa vai ajudar na limpeza da comunidade. Isso traz uma consciência maior para as pessoas que vivem aqui”, comemora.

O Moeda Verde foi criado em 2017 e, desde então, a iniciativa do Semasa e do Fundo Social de Solidariedade, por meio do Banco de Alimentos, cresceu e tornou-se um dos programas mais importantes para melhorar a qualidade de vida da população e tornar a cidade mais sustentável. O formato do programa e seus objetivos estão integrados às premissas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas e que faz parte do compromisso municipal pelas Cidades Sustentáveis.

As ações do Moeda Verde já serviram de inspiração para outras cidades, que vieram conhecer a dinâmica e o funcionamento do programa, além de ser destaque em emissoras nacionais e internacionais, como a CGTN America – da China, e a Phoenix TV – de Hong Kong. Ainda neste mês, o Semasa vai levar o Moeda Verde para mais um novo núcleo, o Lamartine, na região do Jardim Santo André e, até o final do ano, a previsão é iniciar as trocas em mais cinco comunidades, dentre elas Maurício de Medeiros e Haras (Chácara Baronesa).

Pesquisa – A coordenação do programa realizou uma pesquisa com os participantes, no final do ano passado, para verificar o retorno dos moradores em relação às trocas, além de sugestões e melhorias.

O levantamento apontou que entre os moradores que participaram da pesquisa, 85% pontuaram a iniciativa com nota máxima (o questionário trazia as classificações de 0 a 5), o que demonstra que o Moeda Verde é bem aceito e valorizado nas comunidades onde está inserido.

Histórico – O Moeda Verde foi estruturado e lançado em 2017 com um projeto piloto no Núcleo dos Ciganos. Com a estreia na comunidade Sacadura Cabral, o programa está presente em 15 núcleos habitacionais da cidade. Até março de 2021, já tinham sido recolhidas 424,5 toneladas de resíduos recicláveis e entregues 84 toneladas de alimentos do tipo hortifrúti.

O programa também ajudou a transformar a paisagem urbana de alguns núcleos. Locais que antes eram pontos de descarte irregular de lixo foram revitalizados e ganharam novos usos, como pequenas praças e áreas de estacionamento. Foram cinco pontos de descarte eliminados, o que garantiu uma economia de aproximadamente R$ 2 milhões aos cofres públicos. Além disso, foram viabilizadas as construções de três novas Estações de Coleta: Utinga, Jardim Irene e Tamarutaca.

| Texto: Paloma Alvarez
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| Fotos: Divulgação/Semasa

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